A Arte de Educar

“ Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma arvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma.”

Jean Piaget





quarta-feira, 26 de maio de 2010

Parlenda ou Travalingua?...


Trava-línguas (português brasileiro) ou parlenda (português europeu) é uma forma literária tradicional, rimada com caráter infantil, de ritmo fácil e de forma rápida. Usada, em muitas ocasiões, para brincadeiras populares. Normalmente é uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo.
Algumas vezes, é chamada de trava-línguas, quando é repetida de forma rápida ou várias vezes seguidas, provocando um problema de dicção ou paralisia da língua, que diverte os ouvintes. Assim, pede-se a alguém que repita uma parlenda, em prosa ou verso, de forma rápida - "fale bem depressa" - "diga correndo" - ou que a repita várias vezes seguidas - "repita três vezes".
As parlendas não são cantadas e, sim, declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal.
Os portugueses denominam as parlendas cantilenas ou lengalengas. Na literatura oral é um dos entendimentos iniciais para a criança e uma das fórmulas verbais que ficam, indeléveis, na memória adulta.
Os trava-línguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore, como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. O que faz as crianças repeti-los é o desafio de reproduzi-los sem errar. Entra aqui também a questão do ritmo, pois elas começam a perceber que, quanto mais rápido tentam dizer, maior é a chance de não concluir o trava-línguas. Esse tipo de poema pode ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral, com o cuidado de não expor alunos com mais dificuldades. É nessa leitura que melhor se observa o efeito do trava-línguas e, dependendo da atividade, passa a ser uma brincadeira que agrada sempre. Os trava-línguas podem ainda ser escritos para criar uma coletânea de elementos do folclore e pesquisados em diferentes fontes: livros, sites na internet ou revistas de passatempos.


Fontes de Pesquisa: pt.wikipedia.org – 11 de maio de 2010/ fichasedesenhos.com



COLETANEA DE PARLENDAS

Um dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, feijão em inglês.
Sete, oito, feijão com biscoito.
Nove, dez, feijão com pasteis!

Cadê o toucinho que estava aqui?
O rato comeu.
Cadê o rato?
O gato comeu.
Cadê o gato?
Foi para o mato!
Cadê o mato?
O fogo apagou.
Cadê o fogo?
A água secou.
Cadê a água?
O boi bebeu!
Cadê o boi?
Esta moendo o trigo.
Cadê o trigo?
O padre comeu.
Cadê o padre?
Esta rezando a missa.
Cadê a missa?
A missa acabou!

Uni, duni, tê
Salamê minguê
O sorvete é colorê
O escolhido foi você!

Senhora senhorita entre!
Senhora senhorita põe a mão no chão.
Senhora senhorita pule macarrão!

Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando o vento.

Dedo mindinho, Seu Vizinho, Maior de Todos, Fura Bolo e Cata piolhos!

Bão balalão senhor capitão. Espada na cinta e dinheiro no mão!

Hoje é domingo.
Pede cachimbo.
O cachimbo é de ouro. bate no touro.
O touro é valente. Bate na gente.
A gente é fraco. Cai no buraco.
O buraco é fundo. Acabou-se o mundo!



Janelinha, janelinha, porta campainha!

Bichinho gato
que comeste tu?
sopinhas de leite
Guardaste-me delas?
Guardei, guardei
Onde as puseste?
Atrás da arca
Com que as tapaste?
Com o rabo da gata
Sape, sape, sape gato
sape, sape, sape gato.
O que está na varanda?
Uma fita de ganga
O que está na panela?
Uma fita amarela
O que está no poço?
Uma casca de tremoço
O que está no telhado?
Um gato malhado
O que está na chaminé?
Uma caixa de rapé
O que está na rua?
Uma espada nua
O que está atrás da porta
Uma vara torta
O que está no ninho?
Um passarinho
Deixa-o no morno
Dá-lhe pãozinho
Rei, capitão
soldado, ladrão.
Menina bonita
de bom coração.
Tão, baladão,
cabeça de cão.
Orelha de burro,
sabe a leitão.

Tenho um macaco
Dentro dum saco
Não sei que lhe faça
Não sei que lhe diga
Dou-lhe um pau
Diz que é mau
Dou-lhe um osso
Diz que é grosso
Dou-lhe um chouriço
isso, isso.

Tão-balalão
Soldado ladrão,
Menina bonita
Não tem coração.
Tão-balalão
Senhor capitão,
Espada na cinta
Sineta na mão.
Tão-balalão,
Cabeça de cão,
Orelhas de gato,
Não tem coração,
Tão-balalão,
Cabeça de cão,
Cozida e assadano meu caldeirão,
Tão-balalão,
Senhor capitão
Orelha de porco
P’ra comer com feijão
Este diz: quero pão
este diz: que não há
este diz: que Deus dará
este diz: que furtará
este diz: alto lá

Da laranja quero um gomo,
do limão um pedaço
da menina que eu gostar
quero um beijo e abraço !

Batatinha quando nasce espalha a rama pelo chão,
nenenzinho quando nasce põe a mão no coração!

Se eu soubesse escrever na água
como sei escrever na areia
escreveira o seu nome
no sangue da minha veia!

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