A Arte de Educar

“ Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma arvore, com mais razão, não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma.”

Jean Piaget





segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Portfólio do Coordenador - 2009

Apresentação

Atuo na coordenação pedagógica da EMI “Floquinho” desde julho de 2005.
A partir de 2008,passei a orientar e acompanhar também o trabalho pedagógico do PAC “Santo Antônio”.


Este portfolio contem uma pequena coleção de registros dos pontos mais significativos do trabalho em andamento no corrente ano letivo, no H.T.C. (Horário do Trabalho Coletivo), momento em que são realizados a formação dos educadores destas U.E.(s) e planejamento das ações pedagógicas, apresentando conquistas do grupo, procurando sanar as dificuldades em realizar registros que documentem a ação pedagógica no processo ensino-aprendizagem,buscando ainda uma organização destes instrumentos de registros por nós utilizados e organização destes em um portfólio.
Também foram colhidas opiniões dos educadores acerca do que mais apreciaram nesses encontros. Contem ainda fotos e reflexões ,fazendo desse material um importante instrumento de avaliação e acompanhamento da orientação pedagógica por mim realizada.


A Unidade Escolar
A E.M.I .“Floquinho” situa-se na Vila Iasi em Taboão da Serra, atende aproximadamente cento e vinte crianças na faixa etária de 5 anos ( Jardim II) conta com um Diretor, seis professores, uma A.D.I, três A.D.E.s, um Jopec e um Coordenador Pedagógico.
Essa escola funciona atualmente em um sobrado que foi alugado e aos poucos, melhoras vem sendo feitas para adaptar seu espaço de forma a atender as necessidades do desempenho de um bom trabalho condigno a essa faixa etária.


Perfil dos Educadores

Os educadores são formados em Pedagogia, com exceção de uma que ainda está cursando.

O grupo do período da manhã já trabalha junto há pelo menos quatro anos e existe uma cumplicidade muito boa entre elas;

No período da tarde, há uma rotatividade maior de professores devido a classes livres ou afastamento do profº e assim, todo ano um novo grupo é formado, exigindo um esforço maior para o desempenho de um trabalho mais interado.Mas,- temos recebido bons profissionais e a contribuição que cada um trás só tem somado a qualidade do trabalho que desejamos realizar.
São profissionais comprometidos, que buscam constante aprimoramento da pratica com cursos, inclusive oferecidos pela Semuecct.

Na H.T.C., participam com dinamismo apresentando suas ideias, criticas e são atentas nas realizações de tarefas propostas e a maioria costuma fazer anotações dos encontros.

Dificuldade do Grupo: Realização de registros: do planejamento das atividades, do trabalho desenvolvido, da avaliação continua do desempenho do aluno, da reflexão de sua própria prática.

Avaliação

“ A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores.
A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que elas se propõe.”
Jean Piaget

No Plano Gestor...

A avaliação tem a função de ajudar o aluno a aprender e ao professor, ensinar. (Perrenoud,1999), determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo atingidos. Para isso serão utilizados instrumentos e procedimentos de avaliação adequados como: registros diários das observações e relato reflexivo sobre o desempenho continuo do educando;fotos; vídeos; organização de atividades, selecionadas pela própria criança e depoimentos para demonstrar sua evolução na aprendizagem – o valor da avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e dificuldades, assim cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e continuar progredindo na construção dos conhecimentos.(Luckesi,1999).

Esta coletânea pode constituir um portfolio que documente o desenvolvimento do ensino-aprendizagem do aluno.

Planejamento

“O planejamento é um instrumento indispensável para ação pedagógica, já que, de outro modo, seria impossível orientar o processo até os propósitos perseguidos – e uma proposta educativa deixa de sê-lo se não tratar de tornar realidade certas finalidades previamente planejadas”.
Delia Lerner e Alicia Palacios

Iniciamos o ano letivo, planejando nossas ações, refletindo sobre as competências e habilidades que fundamentam os conteúdos da Educação Infantil, estudando as características de cada faixa etária em que atuamos, daí partindo para a organização do quadro de habilidades por bimestre, em cada área do conhecimento e planejamento das respectivas atividades, tendo como base a avaliação diagnóstica realizada nos primeiros dias letivos do corrente ano.
O segundo passo foi estruturar os Projetos Pedagógicos que seriam trabalhados no decorrer do ano.
Fiz intervenções no planejamento dos mesmos, chamando a atenção do grupo para o que caracteriza um bom projeto, trabalhando com o texto: O que qualifica um bom projeto –PROFA MOD.3 M3U2T5. Os projetos começaram a ser escritos e aos poucos fui pontuando onde havia necessidade de melhora – justificativa do trabalho que seria desenvolvido, clareza nos objetivos e coerência dos mesmos com o restante, detalhes bem explicados de como se daria o desenvolvimento do processo, foram alguns itens que foram analisados com cuidado, procurando ajudar nas dificuldades apresentadas.
Nesta atividade realizamos um bom treino para praticarmos o registro, pois o grupo costumava fazer os planos dos projetos de forma bem sucinta, de forma que não dava entendimento preciso a quem quer que tivesse em mãos um a não ser ou nem mesmo para a própria pessoa que o havia planejado.


Foco do Trabalho no Ano Letivo

Durante este ano letivo meu trabalho de orientação junto aos educadores esta focado nos instrumentos de registros que utilizamos, com o objetivo de aprimorar, modificar e inserir novos.

Instrumentos Utilizados

- Ficha de avaliação
- Semanário
- Registros reflexivos

Inserção:

- Portfólio de aprendizagem

“Para o professor, o ato de registrar - intimamente ligado ao ato de avaliar - possibilita a melhor percepção dos progressos, obstáculos, retrocessos e limites de seus alunos, assim como permite efetuar as intervenções imediatas e apontar possíveis encaminhamentos. Cada momento de registro é também uma pausa para se repensar a própria prática pedagógica, rever caminhos, tentar novas possibilidades e reafirmar certezas.”

Para Conhecermos Um Pouco Mais Sobre o Que é Um Portfolio, Estudamos:

A importancia do registro –Texto adaptado do Projeto “Mudando a Historia .Fund. Abrinq,maio de 2001

A utilização do portfolio na educação infantil: um instrumento avaliativo - Georgea Suppo Prado Veiga de Mello

Portfolio na Educação Infantil – artigo - Lourdes Maria Bragagnolo Frison

O que é e porque usar portfolio –Cedina Maria Silva Lellis –MG 2007

A construção de um portfolio – Denise Tonello -2007

Situando o portfoilio como instrumento de avaliação –Marcia Memére

O papel do portfolio na Educação infantil – Raquel Costa Cardoso Lusardo


Reestruturação do Caderno de Registros de Atividades - Semanario

O Semanario - instrumento de registro dos planos de aula - passou por algumas alterações até que pudessemos garantir nele uma visibilidade maior do processo de ensino-aprendizagem, pois antes este continha apenas breves enunciados do que se pretendia trabalhar; agora conta com registros das habilidades a serem trabalhadas na semana, é notorio a Modalidade Organizativa (seq. de atividades, atividades permanentes, projetos...) e há o relato reflexivo do educador sobre pontos significativos da semana.

Estas alterações foram trabalhadas, sugeridas e conquistadas com o grupo, apesar de ainda não contar com a total adesão dos educadores, sobretudo ao tocante Registros Reflexivos.

Relato Reflexivo de Uma Reunião de HTC

Artes Visuais

“No processo de aprendizagem em Artes Visuais a criança traça um percurso de criação e construção individual que envolve escolhas, experiências pessoais, aprendizagens, relação com a natureza, motivação interna e/ou externa.”
RCN vol. 3 p.91

No HTC do dia 15 de abril, propus ao grupo de educadores uma reflexão sobre a pratica do Fazer Artístico em suas salas.
Questionei a respeito do material utilizado (suportes e meios) e como aconteciam as atividades (desenho, pintura, colagem – livres e dirigidas). Verifiquei que não estavam oferecendo as crianças diversidades de materiais e a produção artística quando “livre”, não estava realmente assim sendo, ´por terem o meio e o suporte sempre escolhidos pelo próprio educador sem dar as crianças uma oportunidade de escolha.
Chegamos a conclusão que a pratica necessitava ser reavaliada pois segundo o RCN “as atividades em artes plásticas que envolvem os mais diferentes tipos de materiais indicam as crianças as possibilidades de transformação, de reutilização e de construção de novos elementos, formas, texturas etc. a relação que a criança pequena estabelece com os diferentes materiais se dá, no inicio, por meio da exploração sensorial e da sua utilização em diversas brincadeiras.”
Para a realização de produções artísticas mais criativas e na busca de oferecer as crianças oportunidades de explorar uma diversidade de materiais para que elas pudessem ter um contato maior com tipos de suportes e meios, refletindo sobre os resultados adquiridos, procurei direcionar a pratica dos educadores de forma a oferecer a seus alunos essa experiência de terem contato, usar e explorar diversos materiais.
Para que a criança possa se expressar através de um desenho, por exemplo,é importante que ela possa faze-lo livremente sem intervenção direta, explorando diversos materiais como lápis preto, lápis de cor, lápis de cera, canetas, carvão, giz, penas, gravetos etc, e utilizando suportes de diferentes tamanhos e texturas, como papeis, cartolinas, lixas, chão, areia, terra etc.
A resposta a esta reflexão foi que os educadores retornaram as suas salas e partiram para uma pratica mais planejada e consciente da importância do trabalho com Artes visuais, procurando favorecer de forma global o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, imaginação, percepção e cognição das crianças.

Dinâmica: professoras fazendo produções artisticas no H.T.C.
ARTES VISUAIS – ATELIÊ NA SALA DE AULA

- Atividade permanente/cantinhos
- Planejamento e intervenções

Os educadores puderam fazer uma boa reflexão a respeito de suas praticas em sala de aula no que se refere as propostas lançadas, a seus alunos, de produções artisticas livres ou dirigidas.
Notaram que oferecem as crianças apenas material para produções dirigidas e muito restritas – sulfite e canetinha ou giz de cera ou lápis de cor ou guache- sem oportunizar a escolha de materiais e a liberdade de produção ou expressão.
Após um embasamento teórico sobre o assunto,como atividade propus que preparassem uma aula de artes diferente em que oferecessem as crianças condições amplas para uma produção livre; um relato reflexivo sobre o trabalho aplicado, com notas de observações do desempenho de uns três alunos. Os trabalhos seriam socialiazados no HTC.
Num outro encontro convidei os educadores dos Maternais a construírem um portfolio de artes deste estagio, utilizando como ponto de partida os primeiros registros que realizaram na tarefa do HTC.
Os Maternais A, B,e C, os Jardins II do Período da manhã , Jardins I B eC apresentaram devolutivas das atividades aplicadas com suas turmas e mostraram muitos pontos positivos nessa pratica. Demonstraram entusiasmo e vontade de dar continuidade.

Relato Reflexivo Da Reunião Pedagogica do 2º Bimestre

Dia 9 de maio, nas dependencias da EMI “Floquinho”, aconteceu a Reunião Pedagógica do 2º bimestre do ano letivo.
Do encontro participaram ADIs, professores e Diretores das duas Unidades – EMI “Floquinho” e PAC “Santo Antônio”

As atividades do dia tiveram inicio com o “Café Ateliê” – um momento descontraído e animado onde coloquei a disposição uma diversidade de materiais para uma produção artística. Esta atividade fazia parte da pauta do HTC de 15/04 e não foi realizada por dispormos de tempo hábil (1 hora de reunião). A principio a proposta foi recebida com muita timidez, mas aos poucos o grupo foi se soltando e, por fim o envolvimento e interação dos participantes foram bons e produziram maravilhosas obras de artes.
O objetivo desse trabalho foi proporcionar aos educadores uma experiência em que pudessem explorar, manusear os materiais que dispomos para utilizar no Fazer Artístico(meios e suportes), para motiva-los a incorpora-los em sala com as crianças, ampliando suas possibilidades de escolha e criatividade, visto que, o Fazer Artístico vinha acontecendo de forma muito acanhada, com um oferecimento de material sem diversidades e limitado. Para dar um significado maior ainda, disse-lhes que as produções iriam compor um portfolio demonstrativo de artes dos/para os educadores.
O resultado foi tão bom que farei uma exposição dos trabalhos na Mostra Cultural deste ano.
2º momento
Planejamento do bimestre – organizadas em grupos por estagio, com o quadro de expectativas do final de cada curso elencaram por área de conhecimento as metas para o bimestre.
3º momento
Cada grupo recebeu um quadro para realizar o planejamento de uma aula, tendo como orientação:
Escolher uma área de conhecimento, uma das metas desta para o bimestre, uma habilidade referente e planejar atividades e avaliação.
A dinâmica foi um exercício para que pudessem vivenciar a utilização dos quadros de expectativas(Metas) e habilidades no planejamento semanal das atividades e da Avaliação das mesmas.
Ao termino, foi feita uma avaliação do encontro. Em uma folha fixa a parede, cada participante escreveu uma palavra expressando como havia sido a reunião como uma contribuição para sua formação profissional.
Foi bastante produtivo e pudemos dar um norte ao trabalho que pretendemos desenvolver no bimestre.

Momentos de Arte terapia com a Profª Luciana Serrano

"Arte Terapia consiste na utilização da Arte como forma de expressão, consciente e inconsciente, do sujeito. Através da Arte Terapia a subjetividade do sujeito se manifesta, possibilitando fazer pensáveis os conteúdos trabalhados.Nossos sentimentos e emoções, pensamentos e esperanças, sonhos e desejos podem se revelar com muito mais facilidade através de imagens do que através de palavras para diversas pessoas, pois cada um de nós tem uma modalidade de aprendizagem. A modalidade de aprendizagem é como um idioma que cada um utiliza para entender os outros e fazer-se entender por eles.(1) E essas imagens serão interpretadas juntamente com o terapeuta, que auxilia o sujeito nesse processo de autoconhecimento e mobilização de recursos internos. Assim, a Arte terapia lança mão de recursos artísticos em contextos terapêuticos (de tratamento) ou profiláticos, de prevenção de questões diversas, que variam desde estresse e depressão até inibição e dificuldades de aprendizagem.O arte terapeuta trabalha com o sujeito individualmente, ou com grupos, desenvolvendo práticas, dinâmicas, vivências que valorizam a Arte em todas as suas manifestações: pintura, escultura, música, desenho, teatro, poesia... Ao realizarmos uma atividade artística, não só interferimos na realidade, como também desenvolvemos competências pessoais que aprimoram a performance, o desempenho da pessoa, o que estabelecerá formas de comunicação entre o real e o imaginário, entre o pragmático e o sensível, transformando o ato criativo em expressão produtiva. Dessa forma, as pessoas aprendem a construir espaços de autoria; reconhecem-se como autores e desfrutam o prazer de criar, valorizando a invenção de coisas originais e não a mera repetição estereotipada; acrescentando detalhes específicos, comprovadores de que o criar nos faz humanos e nos leva a sair da lógica dual: melhor ou pior.(2) O sujeito artista/artesão aprende a relativizar; a perceber sua obra com diferentes matizes e cada uma com sua beleza única.As atividades desenvolvidas no processo de Arte Terapia permitem trabalhar, entre outras, a auto-imagem, a percepção da transformação, a superação de obstáculos, a estimulação da desinibição, que conduzem a uma sensação de integração com o mundo, instigando à resolução de conflitos pessoais. Conseqüentemente, ocorre um aperfeiçoamento na forma de comunicação do sujeito, consigo mesmo e com os grupos com que interage: família, escola, lazer... incentivando o desenvolvimento harmônico da personalidade; a construção de um ambiente saudável, com espaços de autoria que permitem ressituar-se diante do passado.O ato criativo se faz presente também no artesanato, onde a manipulação de materiais leva à necessidade de representação, à necessidade de produzir uma obra pessoal, característica.A criatividade está ligada à atividade artística e o artesão pode escolher e experimentar os materiais e as técnicas que melhor atendam às suas propostas de produção. O artesão vai vivenciar o processo criativo com todas as belezas e angústias que o envolvem. O artesanato pode ser entendido como oportunidade para a pessoa se expressar e descobrir as próprias aptidões; oportunidade de autoconhecimento e valorização das manifestações artísticas. Com o artesanato, a pessoa desenvolve habilidades com as mãos e, principalmente, com o cérebro, dando lugar à criatividade através de diversos materiais, técnicas e procedimentos. O artesão vai criar, aproximando idéias e materialidade. Vai dar forma, vai dar vida à sua idéia e, com isto, está exercitando a mente, prevenindo problemas com a memória, principalmente no caso de indivíduos da melhor idade, além de relacionar-se com pessoas com as quais tem afinidade, tem interesses comuns, o que melhora, inclusive, o humor, afastando o isolamento. Pode, ainda, transformar esse hobby em atividade que lhe traga remuneração, pois os produtos artesanais têm excelente aceitação no mercado. Basta nos lembrarmos dos artesanatos regionais, por exemplo, o das rendeiras do Nordeste, que mantêm a casa e a família com seus produtos artesanais, que têm sido exportados com excelentes resultados.Os benefícios de se dedicar ao artesanato no dia-a-dia atingem praticamente todas as pessoas interessadas, uma vez que o trabalho manual gera introspecção, concentração e reflexão. Enquanto desenvolvem um trabalho manual, as pessoas ficam calmas, atentas, com os olhos focados em sua produção, acompanhando criteriosamente o resultado de cada passo realizado. Durante esse processo sentem-se importantes, capazes e amadurecem, convivendo melhor consigo mesmas e com o grupo."

Texto Para Estudo -A Arte na Escola

A educação vem passado por uma grande modificação nos últimos anos, principalmente a Arte.
Há alguns anos atrás o bom aluno era aquele que fazia exatamente como o modelo (copiava), aos poucos essa pratica foi dando lugar a expressão livre, o aluno fazia o que queria e tudo era “lindo”...Por muitos e muitos anos as aulas de arte, eram aulas de recreação, passa tempo, enfim, não eram consideradas “aulas importantes”.

Hoje cada atividade proposta precisa ser contextualizada, para que não se torne uma atividade solta. É preciso que o aluno entenda a razão de estar trabalhando aquela atividade e que conteudos de arte estão sendo abordados.
È necessário que o aluno tenha referencia histórica (conhecer), que produza de forma criativa (fazer), que consiga realizar um dialogo com o que está sendo apresentado (apreciar) e que se expresse colocando seus sentimentos, suas emoções de modo que o produto final tenha o seu próprio “jeito”, seu próprio “estilo”, sua “marca”.

É importante que os alunos conheçam e trabalhem as quatro linguagens da arte: artes visuais, teatro, dança e musica.

Olhando as obras de arte...

Quando observamos uma obra de arte e estabelecemos um dialogo com ela é muito importante que a olhemos com muita atenção. Esse olhar aguçado fará com que aos poucos possamos entender os sentimentos e mensagens que a obra despertou em nos e os sentimentos e mensagem que o artista procurou transmitir.

Por que trabalhar com obras de arte?

Ao trabalhar com obras de arte temos a oportunidade de:

- Conhecer pessoas (artistas) que de forma simbólica registraram a historia da cidade, do pais ou do mundo na época em que viveram.

- Pessoas que de forma inédita (técnicas e materiais), se expressaram através de sua sensibilidade deixando para o,mundo sua marca impressa em pedras, telas, papeis, paredes, blocos de mármore, concreto, etc.

- Essas “pessoas – Artistas – registraram os fatos não com palavras, mas com tintas, pinceis, linhas, pontos, formas, perspectivas, luz, sombras, profundidades, etc, cada um com seu próprio estilo.

Analise formal da obra

A analise formal é o primeiro contato dos alunos com uma obra de arte. Essa analise pode ser feita através de perguntas para toda classe, mas caberá ao professor selecionar perguntas sobre conteúdos que os alunos já trabalharam. Caso os alunos não se lembrem de determinado conteúdo é necessário relembrar.

Sugestões
- Quais as cores que aparecem? Em que elementos da natureza essas cores são vistas?
- São cores quentes? Terias?, Suaves?
- Quais cores apresentadas na obra são puras, cores que não conseguimos obte-las se misturando outras tintas? E quais são conseguidas através de misturas?
- O preto e o branco aparecem , de que forma?
- Existem sombras?
- A passagem de uma cor par outra é feita com suavidade ou bruscamente?
- Na obra, as linhas são definidas? Predominam retas ou curvas?
- E as formas geométricas, aparecem? Quais formas você conhece? Que outras “coisas” possuem as mesmas formas?
- Existem figuras humanas? São proporcionais aos demais elementos da obra? Como estão dispostas?
- A obra apresenta simetria?
- Em relação a técnica de pintura usada o que você pode perceber? A pintura é chapada? Existe luz e sombra? A pintura é feita com pinceladas? Pontos? È espatulada?
- Com qual material a obra foi realizada? Lápis de cor? Aquarela? Pintura a óleo? Giz pastel?
- Em qual movimento artístico a obra esta inserida?

Leitura Interpretativa

Uma obra de arte pode causa inúmeras sensações e provocar reações inesperadas. Através de uma obra de arte podemos entender um período histórico, uma situação de determinado local, uma situação pessoal ou ainda pode ser um protesto ou um jeito de registrar algo.

Sugestões

- Que sensações a obra despertou em você? Paz? Saudade? Repulsa? Nojo? Medo? Tranqüilidade? Terror? Outras?
- Existe pessoa ou pessoas na obra? Com que trajes? Qual a classe social dessas pessoas?
- Qual a situação, tema ou assunto a obra esta sugerindo?
- Em que época o que esta retratado se passou?
Seria possível a cena retratada estar acontecendo hoje, por quê?
- Que musica a obra te faz lembrar?
- A obra te remeteu a alguma época da sua vida?

Ler, recriar, novo jeito d olhar...

Existem muitas maneiras de se reler, refazer ou recriar uma obra de arte, mas é preciso inicialmente fazer a leitura formal, a leitura interpretativa, conhecer a vida e as demais obras do artista estudado e depois, partindo de todo esse conhecimento adquirido refaze-la de maneira que ela tenha o seu próprio jeito de expressão, sua “marca”.

Sugestões

- Fazer a obra utilizando uma outra técnica de pintura, colagem ou expressão artística.
- Fazer um fragmento da obra (parte)
- Utilizando outros materiais expressivos
- Transforma-la de bidimensional em tridimensional.
- Trabalhar com o elemento mais significativo pra você que a obra possui.
- Inserir figuras humanas dentro do contexto da obra ou retira-las, mudando o significado inicial da obra.
- Reler, refazer pelo olhar e técnica de outro pintor estudado, inclusive de outro século.
- Trabalha os elementos de forma a torna-los com movimentos desde que entrem no novo contexto.
- Trabalhar os elementos de forma a torna-los com movimentos desde que entrem no novo contexto.
- Inverter os elementos, brincar com a obra.
- juntar duas ou mais obras do mesmo pintor ou pintores diferentes.
- Grafitar.
Professoras fazem Leituras de Obras no H.T.C.
O importante é não copia-la simplesmente.
Deve haver todo um estudo anterior para em seguida ser recriada.
As possibilidades são infinitas, pois cada ser humano tem sua historia, seu jeito de olhar e se expressar e a obra ganha mais significado a partir do momento que você coloca sua “marca”, seu “jeito” no que criou.

Fonte: Fazendo Arte com os Mestres – Ivete Raffa Editora Escolar 2007
EMI “FLOQUINHO” / PAC “SANTO ANTONIO”
HTC – JULHO/2009

Após estudar o RCN, apresentação de um Seminário de Matemática, aliando teoria e prática


Criterios Para Escolha de Bons Livros de História

*Enredos interessantes
*Linguagem literária de boa qualidade
*Quem é o autor
*Qual a editora
*As adaptações perdem parte da historia?
*O autor apresenta uma informação de cada vez?
*Ilustrações – desenhos estereotipados? Ilustração e texto compõem uma boa obra?

Dinâmica: escolher livros para leitura literária, com critérios


Passeios Culturais No H.T.C.

1.Visitamos a Feira do Livro no Shopping Taboão

2.Assistimos Peças de teatro no Espaço Encena
*Como nasce um cabra da peste
*Jingobel

3.Fomos ao Museu da Língua Portuguesa

4.Visitamos a II Mostra Cultural da Cooperifa

5.Assistimos palestra no Cemur, sobre cidadania e espirutualidade – Marcos Frota

Visita à Feira De Livros No Shopping Taboão

Visita à II Mostra Cultural da Cooperifa


“Concluindo”...

No HTC de hoje,10/12/09, reuni o grupo para um momento bem especial. O espaço foi aberto para que cada educadora pudesse mostrar ao grupo o(s) portfolio(s) que havia construído no decorrer do ano.
Com entusiasmo e satisfação cada uma contou como viveu essa experiência com sua turma.
Os trabalhos apresentados estavam muito bem feitos mostrando esmerado capricho e dedicação das autoras. Durante a apresentação era nítido o sentimento de realização de um trabalho bem feito e registrado.
Senti que demos o primeiro e importantíssimo passo que foi buscar o conhecimento e aplica-lo aprimorando ainda mais nossa pratica.
As professoras que se permitiram o desafio de construir o portfolio certamente cresceram com a experiência e aquelas que ainda não se sentiam prontas, após essa explanação, puderam adquirir alguma segurança.
Esse momento foi muito gostoso pois ao saber um pouco mais sobre o processo de construção do portifolio da colega e as diferentes concretizações na diversidade de organização, fez com que as participantes se sentissem ate inspiradas e motivadas a vislumbrar um leque de possibilidades para outros futuros. Foi riquíssima essa socialização.

A professora Soraia apresentou o portfolio de aprendizagem de seus alunos e contou um pouco como foi confeccinar livros de tecido com os recontos da turma.


Os projetos didáticos "Mercadinho" e "De Onde Vem?"
Foram temas dos portfolios da professora Celeste.


Professora Eliane, que também organizou o registro do projeto "De Onde Vem?" em um portfolio,apresentou o mesmo assunto em outra formatação , com outros relatos reflexivos.


As turminhas do Jardim I do período da manhã fizeram um projeto de contos preferidos. Professora Kátia documentou todo trabalho em um portfolio coletivo.

Formação - Coordenadores

Quinzenalmente, a Equipe Tecnica da Secretaria de Educação, reunia os coordenadores das E.M.I.s para trabalhar a Formação dos mesmos.

Bem...

Esta foi uma pequena mostra do trabalho que desenvolvi este ano.
Ao encerrar esta pagina, percebo que muito ficou sem registro, sem historia, pois houve mais...
Foi uma experiencia muito boa e pude vivenciar nestas poucas paginas a importancia do registro. No decorrer desta construção, revi minhas atividades e me avaliei durante todo tempo. Não registrei tudo,faltou coisa mas as ações mais significativas, que alavancaram nosso trabalho no decorrer deste ano estão aqui para testemunho.
Com certeza no proximo ano, havera continuidade e já não estaremos partindo do zero. Ja temos experiência e acrescentaremos muito mais.

Meus sinceros agradecimentos as minhas colegas de trabalho pelo compromisso, dedicação e maravilhoso empenho. Vocês são Grandes!

Meus agradecimentos a Equipe Tecnica pela contribuição nesta caminhada.

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